Durante os anos que antecederam a criação do curso de mestrado do PROEC, o GeoPav (antes era o Laboratório de Solos) passou, em 2007, por uma significativa reforma, ampliação e adequação de suas instalações físicas e aquisição de novos equipamentos, se preparando para dar suporte às pesquisas na área, especialmente aquelas voltadas para o fortalecimento da linha de pesquisa “Engenharia Geotécnica e de Pavimentos” incluída na proposta do 1º Projeto Pedagógico do PROEC, à época em fase de elaboração. Tais reformas e adequações permitiram aumentar a área do laboratório de 160 m² para 260 m², além da construção de um mezanino com 03 salas para abrigar alunos, técnicos e professores, respectivamente. Essas ampliações foram realizadas com significativo aporte financeiro da Rede Temática de Tecnologia em Asfalto, do CENPES/PETROBRÁS, com o que foram investidos mais de 1,5 milhões de reais, passando a se chamar, a partir da reinauguração, em dezembro de 2007, Laboratório de Geotecnia e Pavimentação (GEOPAV).

O GeoPav é destinado às atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão na área de Engenharia Geotécnica, especialmente, ensaios de laboratório e de campo voltados para obras de terra, tais como barragens, aterros rodoviários, fundações, estruturas de contenção, entre outros, dando suporte também aos estudos dos materiais granulares para bases e sub-bases de pavimentos. Além das atividades acadêmicas rotineiras, de aulas práticas para os alunos de graduação, são desenvolvidas atividades básicas de alunos de iniciação científica, TCC, e pesquisas de pós-graduação, bem como na forma de colaboração com outras instituições federais, a exemplo do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental da UFCG, do Mestrado e Doutorado da UnB, da PUC-Rio e da COPPE/UFRJ. Esse laboratório sempre desempenhou um papel importante no campo da extensão universitária, na medida em que se esforça para atender à comunidade, prestando apoio técnico especializado às empresas que precisam da realização de ensaios especiais, bem como consultorias na área, quando devidamente autorizadas. Entre 2004 e 2012 vigorou um Convênio GEoPav-UFS-FAPESE (FAPESE - Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de Sergipe - e UFS, Convênio nº. CT 543.005) que permitiu uma forte interação tecnológica com as empresa, denominado PROINTEC – Programa de Integração Tecnológica do DEC. Em linhas gerais, o convênio tinha os seguintes objetivos: agilizar a prestação de serviços especializados na área de Geotecnia e Pavimentos, suprindo demandas da comunidade técnica e empresarial; estreitar o relacionamento universidade-empresa, visando, sempre que possível, envolver os alunos em suasatividades; captar receitas para reversão em melhorias da infra-estrutura e na manutenção dos equipamentos instalados nos laboratórios. Esse convênio foi descontinuado em 2012, mas, atualmente as ações de extensão no GeoPav continuam com a parceria oficializada via Empresa Júnior do DEC, denominada Edificar-SE, bem como por meio de outras ações devidamente autorizadas pela gestão universitária, que tem permitido a interação tecnológica e apoio técnico a empresas envolvidas com grande obras em Sergipe, a exemplo da duplicação da BR 101 e do Complexo Termelétrico de Sergipe. Essas ações agregam conhecimento aos alunos de graduação e se inserem em propostas de pesquisa de mestrado para os alunos da linha de pesquisa da área geotécnica.

Os principais equipamentos existentes neste laboratório são: 03 (três) prensas para ensaios de adensamento tipo BISHOP, sendo uma com sistema automático de aquisição de dados; 01 (uma) máquina para ensaio de cisalhamento direto, com controle automático da velocidade de carregamento; 01 (uma) prensa para ensaio de compressão simples; 01 (um) equipamento para ensaio de compressão triaxial estático servo-controlado, com sistema automático de aquisição de dados; 01 (um) compressor com capacidade de 25 MPa; 01 (uma) máquina para ensaio de abrasão tipo Los Angeles; 01 (uma) prensa mecânica para determinação de CBR; 01 (um) jogo de cilindros para ensaios de compactação; 03 (três) jogos de peneiras para ensaios granulométricos; 05 (cinco) aparelhos tipo Casagrande; permeâmetros; 01 (um) equipamento tipo Speedy e frasco de areia; 01 (um) conjunto completo para prova de carga em solos (até 500 kN de carga); 02 (duas) estufas para secagem e esterilização de materiais, 0-250° C; 03 (três) balanças analógicas, 03 (três) balanças digitais; 01 (um) conjunto de repartidores de amostras; equipamentos diversos para ensaios Mini-CBR e Mini-MCV empregado nos estudos de solos tropicais de comportamento laterítico; 01 (um) compactador Marshall eletromecânico (atualmente emprestado ao Laboratório de Transportes); 01 (um) soquete compactador Proctor eletromecânico; 01 (um) equipamento para realização de ensaios de Módulo de Resiliência de solos e misturas betuminosas, além de vida de fadiga (atualmente emprestado ao Laboratório de Transportes); um deflectógrafo digital microprocessado (atualmente emprestado ao Laboratório de Transportes); 01 (uma) prensa Marsahll eletromecânica; 01 (um) Penetrômetro Sul-africano (DCP); 01(um) medidor de densidade de pavimentos asfálticos de campo; 01(um) medidor de densidade de solos compactados de campo de campo; 06 (seis) computadores de mesa com monitores; 03 (três) impressoras; (01) notebook; 01 (um). 01 (um) Datashow; 01 (um) Compactador Giratório SuperPave; Extratora de Corpos de Prova de CBUQ/Concreto (atualmente emprestado ao Laboratório de Transportes); Extratora de betume tipo Rotarex (atualmente emprestado ao Laboratório de Transportes); 01 (um) equipamento para medida do ponto de fulgor de Asfalto (atualmente emprestado ao Laboratório de Transportes); 01 (um) equipamento para medida do ponto de amolecimento de asfalto, anel e bola (atualmente emprestado ao Laboratório de Transportes); 03 (três) unidades de aquisição de dados tipo Spider, com 16 canais cada um; 01 (um) termômetro digital Soloterm; 10 (dez) relógios comparadores analógicos e digitais; 01 (um) Viscosímetro Saybolt-Furol (atualmente emprestado ao Laboratório de Transportes); 01 (um) banho-maria (termo-regulador de corpos de prova Marshall) - (atualmente emprestado ao Laboratório de Transportes); 01 (um) conjunto de termômetros, com 06 (seis) unidades de diversas faixas de temperaturas; 05 (cinco) unidades de extensômetros digitais de 25 mm e 03 (três) células de carga de 30 kN, 10 kN e 300 kN, respectivamente; 01 (um) medidor de irregularidadeMERLIM, 01 (um) conjunto para ensaio de mancha de areia (macrotextura de pavimentos), 01 (uma) régua para medir profundidade de trilha de rodas (atualmente emprestado ao Laboratório de Transportes);

Fora os equipamentos mencionados, que são os principais, há outros não descritos neste Projeto Pedagógico, que compõem um Patrimônio institucional instalado no GeoPav de aproximadamente 250 itens, no qual foram investidos nos últimos 15 anos aproximadamente 2 milhões de reais, com recursos provenientes, na maioria, das captações financeiras dos projetos de pesquisa e de extensão desenvolvidos nesse laboratório.

Cabe destacar que a infraestrutura de equipamentos e pessoal descrita para o GeoPav possibilitou o efetivo desenvolvimento de aproximadamente 10 (dez) dissertações e três doutorados, alguns em parcerias com outros Programas de Pós-Graduação de outras IES e da própria UFS, como o NEREM e o PRODEMA. Mesmo antes da aprovação do PROEC, já se desenvolvia pesquisa em nível de mestrado no GEoPav, a exemplo das dissertações Washington José Santos, funcionário técnico-administrativo, que defendeu em 2009 e Rodrigo Dias Freitas, titulado em 2010, ambos alunos do PPGECA da UFCG, mas orientados do coordenador do GeoPav, que era docente credenciado no Programa de Pós-Graduação daquela IES. Só de alunos do PROEC foram pelo menos 06 (seis) dissertações entre 2011 e 2018. Há ainda os trabalhos de doutorado desenvolvidos no GeoPav, em parceria com outras Instituições, a exemplo do Prof. Guilherme Bravo de Oliveira Almeida, do DEC, que desenvolveu toda sua pesquisa experimental nesse laboratório, para subsidiar o seu doutoramento na PUC-Rio. Atualmente há o desenvolvimento de duas dissertações do PROEC e uma tese de doutorado do Instituto de Química da UFRJ (na área de materiais para pavimentos) em desenvolvimento com o apoio direto do PROEC.